terça-feira, 6 de outubro de 2009

MST e a inversão dos valores.

É incrível como no nosso país os valores se inverteram. Qualquer cidadão brasileiro ou estrangeiro que esteja em nosso país e que violar qualquer dos preceitos ou princípios constitucionais e que tenha seus atos expostos ao conhecimento geral, sofrerá as consequências que a lei estabelecer, já que vivemos em um país que vivemos em um Estado democrático de direito. Pelo menos era assim que deveria ser. Infelizmente o que a toda hora nos é mostrado através da imprensa nacional e até internacional é que pessoas, "protegidas" por uma falsa alcunha de "movimento social", estão rasgando a nossa Carta Magna e a jogando no lixo. Em seu artigo 5º, inciso XXII, a nossa Lei Maior nos diz que "é garantido o direito à propriedade". É claro que no inciso seguinte do mesmo artigo, ela diz que essa propriedade deverá "antender à sua função social". Apesar dessa expressão "função social" não estar claramente descrita em seus detalhes, o que causa diversas dicursões doutrinárias, o senso comum nos leva a entender sem um grande esforço mental, que por função social entendemos que a propriedade, a terra por assim dizer, deverá ser utilizada para a produção, a sua utilização como meio de geração de empregos, renda, riquezas não só aos seus proprietários mas também a todos que, fazendo uso de suas propriedades naturais, venha a extrair dela os produtos indispensáveis a sobrevivência dos animais e de nós mesmos. Esse complemento ao inciso XXII dado pelo texto do inciso seguinte, que determina o uso social da terra, visa impedir que a terra seja usada como fator de dominação dos seus proprietários em relação aos menos favorecidos, sendo justo e necessário o texto legal nesse mister.
Infelizmente o que somos obrigados a ver em rede nacional são ações de vandalismo, selvageria e de uma extrema afronta ao poder nacional constituído. Ao se invadirem fazendas PRODUTIVAS e se destruírem plantações de laranja com o único objetivo de se forçar uma desapropriação, esses invasores - para utilizar um eufemismo - os chamados "sem-terras" nos levam a pensar sobre o que eles NÃO podem fazer. Até onde vai o poder desses movimentos, que ao se travestirem de movimento social, cometem as mais diversas formas de ilícitos que, repito, se fossem cometidos por qualquer pessoa, esse sofreria as consequências legais.
As familias dos quatro seguranças de uma fazenda da zona rural de São Joaquim do Monte, no interior de Pernambuco, ainda choram a perda de seus entes, os quais foram EXECUTADOS com tiros pelo corpo e na cabeça, sinal claro de execução, pelos "trabalhadores" do Movimento Sem terra (MST). Na mídia, a imagem que foi passada, em grande parte auxiliada pelo poder político do MST, é que eles faziam parte de uma "milícia" armada e que teriam sido contratada pelo dono da fazenda. Posso falar com conhecimento de causa por ter conhecido todos os mortos e também alguns dos responsáveis por suas mortes antes do evento trágico. O que posso relatar é que eles foram executados e que, o único erro que eles cometeram, foi tentar ganhar algum dinheiro extra fazendo "bico" como segurança, já que a cidade de São Joaquim, como praticamente todas as cidades da região, só oferece trabalho na agricultura. Os homens que morreram trabalhando como segurança, eram na verdade moto-taxistas que, nas horas vagas, tentavam complementar a renda para o sustento de suas famílias, trabalhando como seguranças. Porém o que foi veiculado é que os seguranças eram criminosos e que os membros do MST eram as vítimas, ocorrendo uma inversão no papéis, onde os trabalhadores foram mortos e tiveram suas imagens veiculadas como bandidos, onde os verdadeiros assassinos estão aí, sendo chamados de "trabalhadores" sem terra.
Enquanto todos nós, políticos, autoridades, governantes, entidades de direitos humanos, Ordem dos Advogados enfim, toda a sociedade não se mobilizar para que algo seja feito, permaneceremos sendo obrigados a assistir, pela mídia, as ações criminosas desse grupo de, eles sim, milicianos armados, promovendo saques, invasões de propriedaes, muitas dela produtivas, depredações do patrimônio e, como ocorrido em no interior de Pernambuco, homicídios. É o preço que a sociedade tem que pagar. Até quando ?

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